O movimento do eu-espírito
que vibra ao redor de mim,
faz sentir a energia do experimento
tangível ao corpo, imerso em Vida...
Lanço-me nesse fluxo na arte de ser e de amar,
mesmo que neste decurso, torne nuvem a se abismar.
Na plenitude do vazio, o expansivo acolhimento difunde-se,
mergulho nesta lacuna, em busca da pessoa una.
Num êxtase tântrico, infindável estado de sublimação.
Como tua vestal, entrego-me num estar-instantâneo.
Na dissipação da luz, elevo-me...
Transpasso a superfície de vidro do teu templo,
atingindo a transparência numa união quase divina...
Em meio a loucura, a queda...
Caio contraída na rede simbólica dos afetos e desafetos.
Nela pousa este corpo ferido.
- Não finjas que não dói!
Deixou marca profunda no sonho de uma vida a dois,
onde até a solidão foi compartilhada.
No resgate de mim e de minha solidão,
recolho o que de mais precioso projetei em ti.
Me recomponho com maior intereza.
Quanta beleza havia que não sabia!
O mergulho foi profundo...
Mas como conhecer a luz,
se nos conformarmos com a escuridão da inconsciência?
Serei eternamente grata pelo nosso encontro.
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